segunda-feira, 30 de junho de 2008

Reinício de colaboração com o poeta André Moa

CATEDRAL DE PEDRA

Pi

Culo
De
Catedral
A pedra ora
Canta e chora

Dedos hirtos
Mãos ressequidas
Aos céus erguidas
Roga à nuvem que passa
Desabafos de água
Para que lhe nasçam
Húmidos veios
Abundantes seios

É da íntima robustez do fraguedo
Que a água brota ainda que a medo

Aparência ressequida
Embrião de vida
A pedra constrói
Nos mais altos montes
Castelos discretos
Vetustas catedrais
Sussurros de fontes
Lágrimas de sal
Átomos de quimera
Prenúncios de Primavera
(André Moa)
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    1 comentário:

    Paula Raposo disse...

    Uma maravilha!! Pintura e poema...mas isso já sabes que eu já te disse!